Lá longe, vejo o pôr-do-sol a delinear os seus pontos de encontro com o céu...
Magia que se estende até ao infinito, que se aclara para fazer as gentes felizes.
(Oh p'ra mim a sorrir por ti, oh p'rá gente a mostrar ao mar que faz o campo florescer.)
Mostra-me a tua voz de revolta contra quem te escava o coração.
Lágrima que se vê a entrar no olhar que faz suspirar qualquer respiração.
Palavras soltas que fogem desta folha e entram na caneta.
Música que toca a pedir p'ra que seja cantarolada pelas estradas do destino, em que tu te pões a correr para tentar fugir dos cruéis.
Pele que seca por falta de carinho, que se mostra distante por não sentir o amor.
Afectos que se evaporam em dias em que o sol é superior.
Revoltas invisíveis que se tornam quadro de pintor com tintas que se escapam pela tela.
Perfume sem cheiro que se torna agradável ao nariz de um velho, que atravessa a passadeira do seu sentido.
Lá longe, os meus olhos mostram-me outras cores, já vejo pontos de felicidade luminosos que me fazem construir a paisagem deste meu quarto, que ao fechar os olhos me indicam o caminho que os Deuses desenharam.
São pistas para o futuro que brincam comigo "à apanhada", e se mostram felizes por fazer parte deste jogo.