sexta-feira, setembro 08, 2006

Estou triste. Tão triste que até oiço o meu coração a pedir para sorrir.
Sinto-me perdida no meio da brisa que preenche o dia de hoje, sinto-me perdida no mundo que era só meu.
Incompreendida? Também. Por todos, por todos os que gritam por felicidade, por todos os que só pensam neles, por toda a natureza que se revolta por não se pintar o céu de amarelo, por toda a natureza que não está contente pela cor do mar.
Revolto-me. Revolto-me por mim, por ti, pelo outro, por nós.
Sorriu? Não!
Desenho linhas de cinismo no meu rosto, pinto os espaços em branco com preto, com preto de angustia, com preto de medo.
Peço a mão e dão-me um livro escrito com escritos falsos, com escritos que só os falsos conseguem ler, com escritos falsos que só os falsos conseguem perceber, com falsos escrito que só quem percebe são os falsos.
Os eguistas, dão-me uma música, uma música que nem os musicos conseguem tocar, que nem os pássaros conseguem cantarolar, que nem os fadistas conseguem reproduzir.
Peço um arco-íris de alegria e respondem que só de arrogância, volto a pedir e respondem-me só com arrogância, já sem o arco-íris!
Desisto. E desisto sem medo, com uma bandeira pintada com cores de ingenuidade.
Penso e repenso e quando acho que já pensei o suficiente, volto a desistir de não pensar!