quarta-feira, dezembro 26, 2007

Um dos maiores nomes femininos do Jazz na próxima edição do Jazz' n' Gaia.

A próxima edição do "Jazz' n' Gaia - Festival Internacional de Jazz de Gaia" tem já confirmada a participação um dos maiores nomes femininos do jazz: Cassandra Wilson.

O evento decorre no Auditório Municipal de Gaia entre 27 e 29 de Março próximo e contará com um total de seis concertos.

Comparável a outros "monstros" como Norah Jones ou Diana Krall, Cassandra Wilson tem uma voz que não esconde o sangue negro que lhe corre nas veias e que a torna uma cantora incontornável das duas décadas mais recentes, com um sentimento que vai decerto contagiar a próxima edição do festival gaiense.

Mas é já desde o nove anos de idade que a artista do Mississipi se move nos meandros musicais, tendo começado por tocar piano e guitarra e "passeado" por diversos estilos, até que, após um ano em New Orleans, a sua carreira ganhou um forte impulso com a ida para New York, em 1982.

Dave Holland, Abbey Lincoln e Steve Coleman foram os principais músicos com que trabalhou, tornando-se vocalista dos M-Base e, posteriormente, dos New Air. E culminou com a gravação para a mítica etiqueta Blue Note, o que é só por si um grande cartão de visita para esta participação confirmada no "Jazz' n' Gaia 2008".

Outro dos nomes que integrarão o cartaz do evento é o dos Fado em Si Bemol, curioso projecto de origem nacional (portuense, aliás,) que funde diversos estilos musicais numa embalagem jazzística deveras interessante.

A banda integra Pedro Matos (voz), Miguel Silva (guitarra portuguesa), Paulo Gonçalves (guitarra), Pedro Silva (contrabaixo) e Juca (percussão).



Não liguem ao vídeo... ;)

quinta-feira, dezembro 13, 2007

O que mudou?


Passei a adorar ouriços,
A ver os filhos como uma coisa fantástica,
Passei a perceber melhor os conflitos interiores do Ser Humano,
A perceber determinadas decisões e a aceitá-las,
Conheci pessoas que me transmitiram verdadeiras lições de vida,
Percebi que a felicidade está em nós,
Ganhei responsabilidades,
Senti-me triste e feliz no minuto a seguir,
Percebi que cada um faz a sua própria vida,
Aprendi a calar-me,
Dei significado a coisas minúsculas e pouco (ou nada) visíveis,
Conheci pessoas novas,
Tirei sangue a desconhecidos
Entre outras coisas... a desconhecidos,
Cresci muito,
Decidi onde vão ser as minhas duas primeiras viagens,
Falei pouco,
Senti muitas saudades,
Não me arrependi de nada,
Percebi que há muito para conhecer,
Outras realidades,
Outras pessoas,
Conheci pessoas arrogantes, desiludi-me com outras, senti a falta de umas, falei com outras,
Refilaram comigo e eu não refilei com ninguém,
Não tomei nenhuma decisão importante,
Ouvi músicas novas,
Ouvi desabafos de pessoas novas, desconhecidas para mim e para o mundo,
Conheci crianças, ouvi o choro delas,
Ouvi histórias e aprendi muito (mesmo).

"Para onde vais?
Vou para Onde For. E só quando voltar, logo à noite, é que sei para onde fui."

domingo, dezembro 09, 2007

6º Andar

Frágil e conciso.
Sem nexo, por outras palavras, confuso.
Tudo volta ao mesmo lugar, o que se levanta, volta a cair.
Nunca ninguém me disse que se podia morrer (um pouco) e nascer outra vez.
Nunca me disseram que afinal isso era amor.
Último aviso!
Ninguém morre por amor, nem um pouco. Podemos morrer um pouco, mas nascemos outra vez.
Explica-me melhor.
Existe um lugar, onde parte de mim se perde, eu sou parte da viagem...
Cortas-me aos pedaços.
Morrer de amor?
Ainda me lembro de ti quando eras pequenino, quando eu era pequenina, mas isso não basta.
Existia sempre alguém a render-se a ti, tinhas um toque especial e julgavas que a vida era cheia de requinte.
Agora sabes que não existem olhares que nos contam tudo, existem, sim, olhares que te enganam.