A saudade não é fácil de explicar, nem simples de sentir, no entanto é inevitável para quem viveu algo com significado não recordar através de uma música, de um cheiro, de um momento, aquilo que passou. O problema é que encaramos as coisas com nostalgia, com tristeza, quando no fundo a saudade não é uma porta fechada ao vivido, mas uma porta aberta à lembrança memorial e que possibilita, que através da imaginação, possamos continuamente viver e viver e viver esses momentos.
A saudade não devia ser tristeza, mas felicidade, porque há momentos que eternizamos e esses escapando aos nossos sentidos, acabam por mergulhar em locais que nos fazem sentir que os devemos recordar, porque ao recordar estamos a vivê-los.
Não nos podemos tornar prisioneiros do passado, mas devemos construir uma vida projectada por sonhos, porque tudo é possível…