Passam Quarenta e Um minutos da Meia-noite e a noite continua sem cenário lá fora: a Lua deslizou horizontalmente ao longo da minha janela e neste momento já está fora de vista.
Absorvo a música que está junto aos meus ouvidos sem que a deixe afastar e com os sentidos permaneço serena num lugar que me pertence. Oiço os murmúrios de quem não sabe o que quer e o desespero de um mundo cheio de monotonia. Dou tréguas. Desfaço enganos, sonhos e músicas que possivelmente não fizeram sentido. Rescrevo regras e emoções… É que no final tudo fica com os mesmos traços iniciais.
E na vida perde-se e ganha-se em encontros ocasionais, sendo a possível demonstração de afectos a opção de aleatório entre as pessoas.