Na Terra do Nunca não existem insatisfações, existem os nunca's: nunca fui infeliz, nunca perdi, nunca deixei de sonhar, nunca desisti, nunca...
Na Terra do Nunca existem sonhos, desejos, amor, felicidade.
Há tempo! Há muito tempo.
Lá, para além do que vemos, temos espaço, temos quem queremos e estamos onde queremos. Nada é imposto, nada.... vive-se e pronto.
Na Terra do Nunca há coisas para se descobrir, há a vontade de ser descoberto.
Na Terra do Nunca o crescer não é visível, o crescer está dentro de nós. Nada envelhece, mas o nosso coração cresce.
Na Terra do Nunca há amor, amor que nunca mais acaba, há amor, amor... recebido e oferecido.
Para lá do que se quer, existe a humildade de receber o pouco, de apreciar o sincero, de querer o honesto.
Não há a ânsia de querer copiar, simplesmente não se consegue ver.
Um dia é passado como o meu, hoje, um dia é passado sem nunca querer mais que o que já se tem.
Na Terra do Nunca passamos a gostar do que não gostávamos, passamos a apreciar o que odiávamos, passamos a querer ainda mais o que já tínhamos e simplesmente aproveitamos isso.
Afinal onde é a Terra do Nunca?
A Terra do Nunca é onde nós queremos, é onde nós idealizamos, a Terra do Nunca fazemos nós.
Para lá do que se tem, já dizia o velho amigo: põe de lado o cheiro, a cor, põe de lado tudo o que tu gostas e a partir de hoje começa a reparar melhor naquilo que não gostas... depois conta-me o resultado final!