terça-feira, dezembro 19, 2006

Queria saber escrever coisas bonitas, coisas que soassem bem ao ouvido de quem as lê, mas principalmente que fosse capaz de transformar as palavras aqui escritas em pensamentos inteligentes para cada mente. Se soubesse colocar cada palavra atrás uma da outra, com a inteligência de quem toca nas teclas de um piano, ficava uma coisa simples mas bonita, só coisas bonitas, aliás.

Talvez esteja com este estado nostálgico por ser Natal, talvez. Mas a verdade é que sinto falta da serenidade e nem toda a gente a consegue ter quando quer.

A verdade é que está frio e o meu coração também, talvez hoje me apetecesse escrever um texto a dizer que nem tudo corre como eu queria, que coisas bonitas só acontecem aos outros, mas não, acho que não o vou fazer. Mas talvez diga que estou desiludida, isso sim, confesso, estou, e quanto mais os dias se aproximam do fim do ano, mais triste me sinto porque este ano (oh este ano) que não se volte a repetir, porque não deixa saudade. Ou deixa?

O facto de me sentir revoltada com meio mundo está-se a reflectir em sensações ambíguas que não lembram a ninguém. Porquê? Não sei. Quero que isto passe rápido, passe bem rapidinho para que um novo ciclo comece, mas diferente. Peço às estrelinhas, à lua, a quem me estiver a ouvir para me dar um presente novo, com coisas para descobrir, e sem manual de instruções, porque assim o gosto na descoberta é maior. Por favor.

E é assim, Pai Natal. Pai Natal.