terça-feira, fevereiro 06, 2007

Não sei o que me fazer, não sei como me… Não sei.

Estou a lidar mal comigo mesma, com aquele inconsciente que teima em não me obedecer. Estranho, não? Quero um coração gigante só para mim, mas grande, e quando digo grande é mesmo grande, daqueles que se vê lá ao longe e mesmo assim ainda é gigante. Gigante, maior que a lua, oh muito maior, duas vezes a lua, não três, quatro, cinco… a lua multiplicada por mil vezes 14 mais uma lua. Uma coisa gigante mesmo gigante, já disse?

Há por aí?

Por falar em lua saiu recentemente um livro de turismo lunar, a minha cena portanto, deixem-me só ir buscar a revistinha para partilhar com todos os meus queridos leitores que eu sei que todos os dias a primeira coisa que fazem quando acordam é ligar o computador e visitar o meu blog, eu sei, não precisam de dizer, ah a revista, já vem a caminho.

Diz assim

“O que levar se for passar férias ao Espaço!”

Eu reflecti e nem precisava de livro, até porque não há ciência nenhuma, é que ir ao espaço é como ir ali para os lados de Casais de Folgosinho, em Gouveia para quem não viu a reportagem da SIC. Eu pensei na semelhança entre viver numa aldeia e viver no espaço e cheguei à conclusão que a única diferença é que no espaço é preciso andarmos amarrados para ir a casa de banho e na aldeia uma pessoa já está amarrada por nascença. E a miúda (a Rosa de seu nome) só queria que um rapaz lhe aparecesse pela janela, e os pais pensam “Oh então eu já a avisei, mas se ela engravidar que é que uma pessoa pode fazer?”, isto tudo era muito mais interessante se ela arranja-se um astronauta, contínuo a achar que o livro lhe ia ser muito útil. E depois a mãezinha da menina só disse este brilharete “Se o mais velho não quis continuar a estudar depois da quarta classe, os outros também não hão-de continuar” e eu pensei “Bolas, se a mãe é uma campónia que nem falar sabe a miúda também há-de ser.” Pronto exagerei, mas estas coisas a mim fazem-me estremecer e pôr o coração a fervilhar que não consigo controlar-me. É melhor voltar às associações espaciais para não me dar mais estes repentes. Pois, às tantas o tal livro, muito útil à humanidade volto a repetir, diz assim “O duche espacial consiste em passar toalhas húmidas pelo corpo, recorrendo-se a um aspirador de água para a secagem.” Realmente, há coisas fantásticas. E a Rosa de Casais de Folgosinho? Que sabe que existem rapazes com quem namorar pelas revistas e televisão e afins? Aposto que este livro espacial lhe ia ensinar muito mais, aposto.