Devo dizer que estou meio bloqueada... Neste momento olho para o mundo sem olhos de ver com aquela atenção inexistente. A verdade é que desde que a lua está à vista ainda não tinha olhado para ela e isso está acontecer agora, não está perfeita, está meio cheia, mas faz companhia. E faz mais companhia quando nestes momentos, bolas estes momentos é que me lixam, dou com a minha vida em doida, com uma vontade, mas mesmo vontade que vem de cá dentro aliás vem de todos os lados, mas vem. Dou por mim a acreditar que na lua é que eu estava bem, lá quietinha sem chatices, e ao mesmo tempo de olho no mundo.
Bem já estou a divagar, bora mas é falar de coisas no mínimo interessantes e de uma coisa que aposto que nos últimos 15 minutos ainda ninguém ouviu falar.
Diz o dicionário que é a expulsão do feto antes do fim da gestação. (Vejam lá se não concordam e fazemos já um referendo para ver se é este o verdadeiro significado.)
Ah só um aparte, hoje de manhã estava a reparar nas movimentações políticas que vagueiam de canal em canal de televisão e prometi a mim mesma que vou dedicar uns minutinhos à política, pelo menos para não me sentir tão inculta e distante dos problemas políticos do país. Devo dizer que não sei nada, mas nada de politica mas prometo que vou ler uns artigos sobre a coisa e depois até posso partilhar com vocês, aliás começo já hoje depois deste post, porque a verdade é que estou entusiasmada. Mas voltando ao assunto anterior, concordo quando dizem que têm que haver regras e leis no mundo porque senão isto seria pior, mais confuso e mais descontrolado do que já é, concordo perfeitamente, e também concordo quando discutem problemas relacionados com a legalização das drogas leves, e também concordo quando senhores fortes do país discutem entre eles se o túnel não sei de onde vai ser viável para não sei o quê, concordo com isso tudo. Agora não concordo que este país, este onde eu vivo, esteja focado, e quando digo focado é vidrado mesmo, num assunto deste tipo. Acho simplesmente ridículo isto fazer parar Portugal, ser tema de conversa em tudo o que é sitio, ser tema de conversa ao jantar, ao almoço, ao pequeno-almoço, enfim. Acho ridículo. E agora acho ridículo porquê, perguntam vocês, e eu respondo. Acho ridículo estarem a banalizar a situação de tal forma, que aposto que pessoas que já tenham tido a necessidade de abortar se sintam do mais miseráveis possível, a sério, acho que se devem sentir desrespeitadas, eu sei lá. Isto faz-me uma certa confusão, é verdade, como é que de um assunto pessoal, de cada um, que parte de decisões extremamente ponderadas da pessoa que tem necessidade de recorrer ao aborto, vejam as suas decisões expostas desta forma. Como? Como é que ainda há gente que acha que o aborto não deve ser um recurso legal por parte da mulher? Como? Não percebo, lamento. E digam-me sinceramente, que autoridade têm as pessoas que vão votar Não no Domingo para proibir, aliás, para condenar quem decide fazer ou teve a necessidade de fazer um aborto? Que autoridade tem o Zé Povinho para ter a lata de pôr uma cruz num Não de uma questão que são os outros que têm que decidir, que autoridade? Toda a gente vem falar em vidas independentes, em vidas modernas em que já não existe vizinhos que emprestam o coentrinho ou a cebola, onde nas grandes nas cidades já nem se conhece o vizinho do 2º esquerdo, e onde aqueles conhecidos "cuscos" do R/C frente são criticados por comentar a vida dos outros, com isto pergunto-me que autoridade tenho, e agora falo na minha pessoa, que autoridade tinha eu em contribuir para que fosse ilegal o facto de a minha vizinha do lado querer abortar? Que é que eu tenho a ver com isso, é só isso que me pergunto. Se as pessoas vivem independentes umas das outras, se cada um sabe da sua vida, se cada vez mais vimos falar nos media de privacidade, que autoridade, e eu sei que a palavra autoridade já foi repetida umas 500 vezes, têm os senhores e senhoras que aparecem na televisão a mandar postas de pescada e no fim só dizem "Somos a favor do Não porque isto é matar uma vida!". Não sabem dizer mais nada, mais nada! Como se a própria mulher não tivesse noção disso e não fosse uma crueldade psicológica para a própria pessoa, como se toda a situação não fosse triste,... Isto transcende-me. Isto é tão simples quanto isto: cada um sabe das suas próprias condições de vida, cada um sabe se está ou não preparado para tomar a responsabilidade de criar ou não uma criança, e mais não digo porque continuo a achar que isto nem se devia pôr em causa.
Deviam era aproveitar e legalizavam já a eutanásia, que eu também sou a favor, e não, não tenho instinto assassino nem coisa que o valha, simplesmente rejo as situações pelo lado em que o sofrimento e a falta de condições sejam atenuados.
E já chega, que este texto já ficou enorme.
Acho que o texto sobre política fica para 5ª Feira.
Bem já estou a divagar, bora mas é falar de coisas no mínimo interessantes e de uma coisa que aposto que nos últimos 15 minutos ainda ninguém ouviu falar.
Diz o dicionário que é a expulsão do feto antes do fim da gestação. (Vejam lá se não concordam e fazemos já um referendo para ver se é este o verdadeiro significado.)
Ah só um aparte, hoje de manhã estava a reparar nas movimentações políticas que vagueiam de canal em canal de televisão e prometi a mim mesma que vou dedicar uns minutinhos à política, pelo menos para não me sentir tão inculta e distante dos problemas políticos do país. Devo dizer que não sei nada, mas nada de politica mas prometo que vou ler uns artigos sobre a coisa e depois até posso partilhar com vocês, aliás começo já hoje depois deste post, porque a verdade é que estou entusiasmada. Mas voltando ao assunto anterior, concordo quando dizem que têm que haver regras e leis no mundo porque senão isto seria pior, mais confuso e mais descontrolado do que já é, concordo perfeitamente, e também concordo quando discutem problemas relacionados com a legalização das drogas leves, e também concordo quando senhores fortes do país discutem entre eles se o túnel não sei de onde vai ser viável para não sei o quê, concordo com isso tudo. Agora não concordo que este país, este onde eu vivo, esteja focado, e quando digo focado é vidrado mesmo, num assunto deste tipo. Acho simplesmente ridículo isto fazer parar Portugal, ser tema de conversa em tudo o que é sitio, ser tema de conversa ao jantar, ao almoço, ao pequeno-almoço, enfim. Acho ridículo. E agora acho ridículo porquê, perguntam vocês, e eu respondo. Acho ridículo estarem a banalizar a situação de tal forma, que aposto que pessoas que já tenham tido a necessidade de abortar se sintam do mais miseráveis possível, a sério, acho que se devem sentir desrespeitadas, eu sei lá. Isto faz-me uma certa confusão, é verdade, como é que de um assunto pessoal, de cada um, que parte de decisões extremamente ponderadas da pessoa que tem necessidade de recorrer ao aborto, vejam as suas decisões expostas desta forma. Como? Como é que ainda há gente que acha que o aborto não deve ser um recurso legal por parte da mulher? Como? Não percebo, lamento. E digam-me sinceramente, que autoridade têm as pessoas que vão votar Não no Domingo para proibir, aliás, para condenar quem decide fazer ou teve a necessidade de fazer um aborto? Que autoridade tem o Zé Povinho para ter a lata de pôr uma cruz num Não de uma questão que são os outros que têm que decidir, que autoridade? Toda a gente vem falar em vidas independentes, em vidas modernas em que já não existe vizinhos que emprestam o coentrinho ou a cebola, onde nas grandes nas cidades já nem se conhece o vizinho do 2º esquerdo, e onde aqueles conhecidos "cuscos" do R/C frente são criticados por comentar a vida dos outros, com isto pergunto-me que autoridade tenho, e agora falo na minha pessoa, que autoridade tinha eu em contribuir para que fosse ilegal o facto de a minha vizinha do lado querer abortar? Que é que eu tenho a ver com isso, é só isso que me pergunto. Se as pessoas vivem independentes umas das outras, se cada um sabe da sua vida, se cada vez mais vimos falar nos media de privacidade, que autoridade, e eu sei que a palavra autoridade já foi repetida umas 500 vezes, têm os senhores e senhoras que aparecem na televisão a mandar postas de pescada e no fim só dizem "Somos a favor do Não porque isto é matar uma vida!". Não sabem dizer mais nada, mais nada! Como se a própria mulher não tivesse noção disso e não fosse uma crueldade psicológica para a própria pessoa, como se toda a situação não fosse triste,... Isto transcende-me. Isto é tão simples quanto isto: cada um sabe das suas próprias condições de vida, cada um sabe se está ou não preparado para tomar a responsabilidade de criar ou não uma criança, e mais não digo porque continuo a achar que isto nem se devia pôr em causa.
Deviam era aproveitar e legalizavam já a eutanásia, que eu também sou a favor, e não, não tenho instinto assassino nem coisa que o valha, simplesmente rejo as situações pelo lado em que o sofrimento e a falta de condições sejam atenuados.
E já chega, que este texto já ficou enorme.
Acho que o texto sobre política fica para 5ª Feira.