quinta-feira, agosto 31, 2006

O Filme Perdido

Há um ano a sensação que tinha era de que nada ou muito pouco percebia do que era sentir amor por alguém, devo dizer que um ano depois, deitada no mesmo sitio, com os mesmos pensamentos, as sensações mudaram completamente. Comecei a dar valor ao que de bom se tem, e tornei-me capaz de perceber que os outros, para além de mim, também têm sentimentos. A realidade é que em toda a minha vida, ainda não muito longa, tive o prazer de me cruzar com pessoas que me modificaram muito. Sempre tomei por iniciativa o aprender, e nada melhor que aprender com uma pessoa que vejo na rua, com um conhecido, com um amigo, com uma paixão,... Sempre achei que nada acontece por acaso e o que nós perdemos ou ganhamos com determinada coisa é porque tinha que acontecer daquela forma. Sei que a pessoa em quem me tornei não é perfeita, aliás longe disso, mas tornei-me capaz de olhar para uma pessoa e pensar que irei aprender sempre qualquer coisa.
Não sinto vergonha do meu passado, nem medo do futuro, actualmente vivo serenamente com a melhor sensação do mundo, com uma vontade de viver e tornar os outros felizes, enorme. Aprendi que o mundo não gira só à nossa volta e que a felicidade pode estar a um milimetro de nós, basta querer. Desaprendi a esperar, porque neste momento, esperar é perda de tempo, há-que caminhar para onde queremos sem que estejamos à espera que o instrutor nos indique o caminho. E não vale sentir raiva de ninguém, porque nada melhor que pensar na situação presente é olhar para o passado e sorrir. E o mais importante de tudo é que ninguém tem obrigações connosco, e não vale pedir nada em troca, quando não há nada para trocar. A ilusão tira o brilho às pessoas e torna-as demasiado imperfeitas. E é com gosto que toda a gente devia dizer que a maior das felicidades é ter o prazer de olhar para o mundo e sorrir.