quinta-feira, agosto 10, 2006

Senti o seu toque, a sua respiração ao meu ouvido e o cheiro a flutuar. Percebi as emoções e avancei. O medo estava lá mas o sentimento foi mais forte que ele. Deixei-me levar sem pensar, pela primeira vez não pensei, estava perfeitamente a ser levada pelos instintos.

Recorri ao olhar, para perceber a situação, ao olhar. Pouco ou nada percebi através do olhar, até porque se por momentos pensei, voltei a não pensar e retomei ao meu estado inicial comandada pelos tais instintos. Queria falar, eu queria, mas não, limitei-me ao silêncio. Silêncio esse que me mostrou o caminho, mostrou.

Trouxe-te de volta no meu porta-chaves, sem que isso pusesse a mão em mim. Tentei tornar tudo diferente, tudo diferente. Mas não sei porquê não consegui e a beleza permanece.


Se há coisas que nos inspiram, há outras que nos des(inspiram), onde o pensar não serve rigorosamente para nada. O instinto ou determinados feeling's são capazes de nos mostrar, por vezes, estradas muito mais direitinhas, comparado ao caminho que percorreríamos se pensássemos, onde este possivelmente seria percorrido num maior tempo e com mais contra(tempo) à mistura.