Eu bem que gostava de ter jeito para o desenho, mas o que conta é a intenção.
Partilha feita.
Já agora desejo-vos uma boa passagem de ano e se o próximo ano vai ou não ser bem logo se vê, cada dia de cada vez.
Aproveitem.
Beijocas
Pimbas, logo assim escarrapachado numa revista! É só o que eu posso dizer… O rapaz que até tem um espectáculo a solo, deve estar mais contente do que nunca.
Que seja feliz.
Em relação a ele acho, na minha humilde, opinião que é um fenómeno um pouco duvidoso, para quem o vê de fora se pensarmos bem não há necessidade de grande admiração por ele, tudo bem, conseguiu pôr muita gente a rir, mas os seus momentos de glória foram demasiado pontuais para se considerar um grande artista, no entanto, toda a gente sabe que os artistas costumam fazer alguns trabalhinhos fora das câmaras, como escrever alguns textos que lhes encomendam para alguns programas de televisão, rádio e afins. Não dei conta do Bruno Nogueira ter feito algum desses tipos de trabalho, mas deve ser feito, uma pessoa também não sabe tudo, e às vezes é um pouco suspeito o público, que está de fora, comentar este tipo de coisa porque normalmente não sabe quem são os autores dos textos que outros artistas interpretam, só aquele público mesmo fanático e interessado a fundo pelas situações. O que é certo é que o Bruno tem muito a mostrar neste seu espectáculo e aposto que há muito boa gente já com as línguas bem afinadas para se preparar para o criticar. Eu não falo mal nem bem, tal como digo, acho que ele teve momentos de glória demasiado pontuais, mas o que é certo é que estou a julgar-lo demasiado, porque se bem me lembro eu adorava-o no Curto Circuito e no Levanta-te e Ri e ainda fez o Pior Condutor de Sempre (isto em televisão, porque nunca o vi no teatro), portanto é esperar para ver. Espero conseguir tirar um tempinho para ir ver "... sou do tamanho do que vejo e não da minha altura".
Os críticos de Portugal cá o esperam.
Posso até ter escondido de meio mundo todos os meus pensamentos e ter desperdiçado mais que uma oportunidade, situação que me leva a uma monotonia extrema. Mas hoje a sinceridade entrou pelo meu coração (deve ser do espírito natalício que me invade todos os dias, ou a falta dele) e não tentando divagar, vou um pouco directa ao assunto. Hoje sinto falta, sinto falta de conversas alucinantes em que há qualquer coisa que me distancia da meta, e lá está, o pensamento resultante disso leva-me ao ponto de partida novamente. Cena marada, o amor, e mais marado é quando achamos que não há um único, nem um único, pronto para nos dar aquele aconchego. É que para quem não sabe faz falta, não sei, digo eu.
Acho que ninguém precisa de esconder o que sente, já lá vai o tempo em que esta sociedade era de ditadura aguda em que seres alucinantes (hoje desencantei o alucinante do meu vocabulário) escondiam para eles e só para eles, o que sentiam, mas se calhar o amor nessa altura tinha mais essência. Mas o amor, hoje em dia, continua a ter qualquer coisa de especial. Tem não tem?
Hoje sinto-me um pouco, mas só um pouco, confusa com a questão: porque é que as pessoas são tão diferentes? E não é por mal, mas se calhar sou tão egocêntrica que hoje apetecia-me que um homem bastante parecido comigo entrasse pela porta da minha casa, quando digo bastante parecido digo com os mesmos objectivos, com os mesmos pensamentos, mas só hoje, porque iria acabar por me fartar dessa pessoa. Mas se uma pessoa depois é tão diferente da outra, as conversas não têm sentido, não têm nada de peculiar. Que estranho.
Talvez esteja com este estado nostálgico por ser Natal, talvez. Mas a verdade é que sinto falta da serenidade e nem toda a gente a consegue ter quando quer.
A verdade é que está frio e o meu coração também, talvez hoje me apetecesse escrever um texto a dizer que nem tudo corre como eu queria, que coisas bonitas só acontecem aos outros, mas não, acho que não o vou fazer. Mas talvez diga que estou desiludida, isso sim, confesso, estou, e quanto mais os dias se aproximam do fim do ano, mais triste me sinto porque este ano (oh este ano) que não se volte a repetir, porque não deixa saudade. Ou deixa?
O facto de me sentir revoltada com meio mundo está-se a reflectir em sensações ambíguas que não lembram a ninguém. Porquê? Não sei. Quero que isto passe rápido, passe bem rapidinho para que um novo ciclo comece, mas diferente. Peço às estrelinhas, à lua, a quem me estiver a ouvir para me dar um presente novo, com coisas para descobrir, e sem manual de instruções, porque assim o gosto na descoberta é maior. Por favor.
E é assim, Pai Natal. Pai Natal.
Confiança, pronto também é verdade. Concordo!
Mais …?
Talvez haja mais, mas aos poucos o caracol, neste caso a caracoleta, chega à meta. Com calma e muita paciência.
E não é que já me sinto muito melhor?
É melhor recapitular a lição
Não desistir tão facilmente
Não desistir tão facilmente
Não desistir tão facilmente
Não desistir tão facilmente
Não desistir tão facilmente
Não desistir tão facilmente
Não desistir tão facilmente
Interiorizar…
Ah, mas isto serve para mim e para ti.
Confiança!
=P
Estou possuída, como se ouviu por aí, talvez, quem sabe.
Um começo... Um começo onde a renovação é a palavra de ordem, sem os pudores nem as restrições, um novo ciclo está prestes a iniciar.
Porque dispenso medos, receios e tristezas, aqui apela-se ao bom senso e à felicidade.
Decido, então, deixar de andar agarrada ao que já passou e a sede de viver coisas novas começa.
Agora sim vou olhar para ti com olhos de saudade e apreciar por completo o que há-de vir. É que, se coisas do meu passado tiveram o prazer de me atormentar durante este tempo, penso que chegou a hora de as coisas começarem a só por si fazer sentido.
Será que ainda vou a tempo de ter um lugar na frente?
Pergunto-me a mim mesma: para quê esperar quando o espectáculo já começou?
E porque agora estou bem disposta, fica aqui o poema mais lindoooooooooooo do mundo:
Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...
Inconstância – Florbela Espanca
Uma sensação de sensibilidade está-me a afectar como se fosse polén a fazer-me uma alergia horrível. Creio que isto se deve ao facto de neste momento ter pouco ou nada em que pensar, talvez só numas folhas sobre Coprocultura que estão em cima da secretária à espera que sejam passadas a limpo. Deve ser um presságio associado ao estado de extrema alegria que me invade neste momento, porque das duas uma, ou olho para lá para fora e vejo cabras a passear de um lado para o outro, favas cultivas, pássaros poisados debaixo da árvore à espera que a chuva passe, e continuo a encalhar com a Coprocultura ou olho para a minha bela cama, com a lareira acesa a aquecer-me a alma, e decido deitar-me. E eu que achava que hoje iria estar a “curtilas” numa disco com uma música que fosse a minha cena, com gente gira, com paisagens para observar. Ninguém merece. O Jorge Palma está a dizer que “a noite em que o céu tinha um brilho mais forte, em que o sono parecia disposto a não vir”. Isto fez-me lembrar as noites de Verão que passava, nesta mesma aldeia, lá fora, a olhar para o céu, com as estrelas, a lua, com uma noite linda para observar, e a baloiçar na minha cama de rede. Um verdadeiro prazer da vida, entre muitos outros. Agora estava a pensar, acho que uma pessoa se lamenta demais, não é? Oh diabo, qualquer dia reformo-me e ponho 50 anos em cima e enfio-me no Lar com a Mãe do meu Tio. Era mesmo a minha cena. Realmente sempre tive o dom de conseguir dizer grandes quantidades de desumanidades por metro de linha, no entanto se fosse o Ricardo Araújo a dizer isto, se calhar tinha piada. Ou talvez não. (A única coisa que me conforta é que sei que o texto já está demasiado grande para existir alguém que o leia até ao fim, é que tudo o que ultrapasse as 5 linhas, ninguém lê.)
Por falar em Ricardo Araújo ando viciada nos Gatos Fedorentos, quer dizer eu e mais 2/3 da população, os restantes, os tais 1/3, só vêem as novelas da TVI, ou será ao contrário? Bem adiante.
(Realmente Sade não me deixa mal, cada música que se ouve, gostasse e pronto. Ela tem uma que se chama Lovers Rock que é maravilhosa.)
Acabei de ler num jornal da concorrência (adoro esta frase) que o Bruninho e a Mariazinha foram para Marrocos, estou extremamente entristecida, porque como ele ultimamente escrevia tanto no seu blog, isto é 2 a 3 vezes por dia (no mínimo), agora vai estar uns tempos sem lá postar. Bolas, ninguém merece. Ainda dizem que o amor sobe à cabeça. Nada disso! Bem o que vale é que tenho o blog do Pedrinho e do Nuninho para ler. Ninguém precisa de mais. Para quê…?
Por falar em injustiças, há alguém no mundo que se preocupa connosco? Nada disso… Usar e jogar fora (como dizem por estas bandas Algarvias). Mas a sorte é que eu já aprendi e há 19 anos que me deixo de preocupar com as pessoas, cada um faz aquilo que quer e a mais não é obrigado. Ora pois, ainda dizem que as mulheres são vítimas das atrocidades masculinas! Jogo-me (novamente a expressão Algarvia) para o chão a rir. É que neste mundo quem é ridículo são os homens. Mentira.
Devo dizer que não gosto da senhora e muito menos acho que seja uma peça fundamental no Jet Set Tugallywoodesco, mas a Lili Caneças disse uma frase que, se bem me lembro, era assim “Se eu for para os EUA vai ser mais fácil encontrar um grande amor. Em Portugal, os homens interessantes ou são casados ou gays.” E eu concordo perfeitamente e é por isso que mais tarde ou mais cedo, quando o meu Zé Mealheiro estiver recheado, vou para os States. É… E só preciso de companhia para ir, é que nunca gostei de viajar sozinha. Manias. Se eu não me conhecesse até dizia que é de valores e que é a minha cena, mas como tenho muita fauce…
Depois ainda na sequência das citações li outra, também made in 24 horas (revista também da concorrência), que diz “Não sei se é pimba, mas sou fã de José Cid.” Vamos reformular a frase “Não sei se é pimba, mas sou peludo como o José Cid” by Tony Ramos (bolas foi o Diogo Amaral, é que a foto apareceu com barbinha e cabelo grande, mas à posteriori reparei que este rapaz é loiro). Diferenças pontuais.
Bem devo dizer que estou assim porque estive durante uma hora e meia a ler revistas cor-de-rosa, então tenho muito que comentar. Revistas da concorrência e basta.
Agora estava a ouvir uma música da Maria de Vasconcelos que se chama “Plágio” e na sequência do nome desta belíssima música lembrei-me do que vi no outro dia. A Margarida Rebelo Pinto teve umas quantas broncas com esta palavra mas a verdade é que no outro dia reparei que havia um texto assinado por ela que tinha nem mais nem menos que excertos das músicas de Jorge Palma. Achei ridículo, creio que o Jorge não vai pedir à Margarida para lhe escrever músicas, ou vai? Pois não faz sentido e a verdade é que fui depois a um site ver as letras do Jorge Palma e também são assinadas por ele. Confuso? Continuo com a mesma teoria, há quem não tenha ideias próprias, tal como eu, e recorra a inspirações, com a única diferença que eu uso Shift + 2. Opções de vida. Mas eu até gosto da Margarida Rebelo Pinto, apesar de ter 2 ou 3 livros dela e nunca os ter lido até ao fim, já se sabe que não tenho gosto especial pela leitura, mas a verdade é que ainda hoje estava num supermercado e por acaso reparei na quantidade de livros que a escritora já editou, e o facto é que já foram alguns, portanto tem o seu mérito. Mas achei um pouco lamentável a situação com a música do Jorge Palma. Se calhar o senhor autorizou. Enfim, é uma situação alheia a esta pessoa que escreve, definitivamente.
Não sei se foi por escrever 3 páginas de folhas no Word mas o que é facto é que a minha constipação passou, vou pôr no lixo todos os lenços que tenho em cima da cama, acabar a Coprocultura e desejar que amanhã o sol esteja janota porque este frio não lembra a ninguém.
Color of Love *
By Sade
PS: Há coisas que não devem ser ditas, eu sei, mas é mais forte que eu. Esta parte ainda não consegui atenuar em minha pessoa.
PS 2: Acabei de ver num jornal (do quê, do quê? Da concorrência, claro) que vai haver um Festival de Hip Hop, dia 11 de Dezembro, no Pavilhão Atlântico com a participação do meu querido Sean Paul, Ashanti, Busta Rhymes, Ja Rule, Akon e Fat Joe. Parece-me bastante agradável. E o bilhete não é caro, agradável ao quadrado.
Lullaby*
Hoje estou muito English, deve ser porque estou a pensar nos homens dos States que a Lili vai encontrar primeiro que eu.
PS 3: Se tivesse Internet neste fim de mundo já tinha o meu textinho postado. Ouvi dizer que aqui nem as placas TMN se salvam. Não há nada a fazer.
Esteve a dar a cena do “pense nisto na RFM”, claro que não decorei a frase toda mas dizia mais ou menos isto:
“Segundo um relatório feito, 1 milhão e 500 mil crianças, com menos de 5 anos, morrem por ano devido à falta de água potável e saneamento básico.” É triste não é? Principalmente quando a capa do 24 horas de sábado diz o seguinte “Veja os carros de 107 ricos, famosos e poderosos” ou a revista do Diário de Notícias, Notícias Magazine, tem um artigo sobre “Mulheres: quatro escritores imaginam o que as faz felizes.”. Mas pronto o último nem é tão criticado, é só mais porque existe uma preocupação pontual com o que nos faz felizes e depois há estudos em que se conclui que há 1 milhão e 500 mil crianças nem oportunidade têm para sentir o que é a felicidade. E em relação ao artigo do 24 horas, isso nem merece comentário da minha parte. Só digo o seguinte: são 20 páginas com carros e os respectivos donos.
Pense nisto.
Mas eu sei que isto não acaba assim.
Porque hoje estou com um torcicolo e não me consigo mexer, porque amanhã tenho frequência e não estudei nada (e estou a zeros em conhecimentos), porque quero ir para a Gala Egas Moniz e não vou, porque quero sair daqui mas (infelizmente) estou cá.
Estes são os meus porque's esta noite. Portanto, para ver se animo e ganho pachorra para ir estudar, decidi abrir o meu querido e mimoso blog e pô-lo um pouco à vossa disposição. Para isso os próximos post's ficam possíveis de serem comentados. A razão porque há um tempo que não ponho isto disponível para comentar, tem a ver com o simples facto de que se as pessoas mais próximas o quiserem fazer, basta falarem comigo e dar a sua opinião (o que sempre aconteceu). Mas como isto está em entrar na tal monotonia, como disse anteriormente, pode ser que esta mudança faça efeito, ou então não.
A solidão assusta, mete medo e não aconchega. Entristece, remói e pinta a vida a preto e branco, trazendo consigo momentos que são tentados a apagar o espírito, como uma dor que destrói mesmo o mais forte e imune. Chega sem avisar, ou talvez avise, nós é que não percebemos. Mas, se há momentos em que o abandono se torna mais que evidente há outros em que sabe bem, não sendo aquele isolamento o mais indicado para solucionar posições, é indicado para restabelecer energias à mente.
(E se há alturas que em que os sem amor-próprio se tornam inúteis, tendem a ser castigados com a mais simples punição, o abandono. Sempre achei que mais tarde ou mais cedo todos são punidos pelo seu carácter incorrecto, mas há que permanecer coerente para não se festejar antes do tempo e, acima de tudo, manter o perfil no momento de observar a punição como se fosse uma guerra aberta em que os mais inteligentes perdem, porque os mais fracos se esconderam num sitio previsível, mas o inimigo não o descobriu porque pensou demais e complicou, qualquer coisa deste género.)
Nunca pensei chegar onde cheguei, com a capacidade de espreitar o mundo, observá-lo e comentá-lo. Mas a análise exacta disto tudo, definitivamente, não é para mim, bastava que existisse relações com sentido, que tudo seria, inevitavelmente, diferente.
Bastou-me olhar para várias pessoas e pensei em duas coisas básicas: se são felizes ou não.
Sempre me questionei sobre isto porque achava que não era feliz o suficiente e então fazia-me confusão os outros serem. Talvez por isto cheguei à minha conclusão e devo dizer que esta parte do princípio básico de felicidade já compreendo. E será qualquer coisa como acomodação. Basta uns segundos para perceber.
Com isto tudo, e mais uma vez sem sentido algum, basta pensar, mas pensar como deve ser, e à posteriori percebemos que toda a gente, um dia, já foi deixada ao abandono. Ou não?
Vocês são os primeiros responsáveis pela destruição da música (podes crer).
Vocês que papam toda essa diarreia musical, que as rádios e as MTV's vos dão 50 vezes por dia, até ficarem com esse odor insuportável, dessa música de plástico que as editoras criaram para bestas como vocês.
Vocês são capazes de engolir a música mais básica e
vazia que existe, e excitam-se todos com um refrãozinho de merda, que foi feito bem a medida da vossa estupidez.
Olha para os CD’s que tu tens em casa, são exactamente os CD’s dos artistas mais badalados, porque tu, nessa tua dramática limitação mental, ainda acreditas que a rádio e esses canais de música têm algum critério de qualidade.
A tua ignorância dá-me pena, tu és muito estúpido.
Tu és um bimbo programado, por essa grande comunicação social responsável pela
divulgação musical.
As grandes rádios, esses canais de música, a comunicação social que devia ter o papel de se afirmar independente, e de promover a diversidade musical, é a mesma comunicação social que está ao serviço das grandes editoras, e que dá-te sempre a mesma merda, sempre os mesmos artistas 50 vezes por dia.
Porque eles acreditam que tu, nessa tua mente poluída, quadrada, obtusa não és capaz de gostar de música diferente, não és capaz de gostar de boa música.
Tu és muito estúpido (não tens noção).
Eu daqui quero saudar a todos os verdadeiros músicos, que nunca comprometeram a integridade da sua música por causa do cifrão (os puros).
Também quero saudar a todos os manos que procuram música de qualidade, e não se limitam a comprar esses artistas da moda, como essas pitas desmamadas, à procura de um qualquer sex symbol desafinado, fantoche descartável, puta da fama fácil.
Que’sa fodam todos esses músicos vendidos.
Que’sa fodam todos vocês que os apoiam, todos vocês
que vão aos concertos deles, que compram os álbuns deles, que ouvem as músicas
deles.
Que’sa foda toda a vossa espécie.
Vocês são os primeiros responsáveis pela destruição
da música.
Diz Valete.
Tenho uma opinião sobre isto que vou ter que deixar para mais tarde.
E o som dum piano a tocar no meio da rua deserta pela noite e pelo frio? É fácil de imaginar…
E o calor de um abraço dado mais que carinhosamente na praia?
Também é fácil de imaginar…
E um livro comprado em branco para que se possa completá-lo?
E a simples ideia de que pensar não é viver, mas viver é pensar?
E olhar para o céu e desejar ter uma estrela, mas não a conseguir apanhar nem com o maior esforço do mundo?
E jogar e perder, mas perder sem jogar?
É possível…
E a harmonia de um beijo em que se dá, mas não se recebe…?
E escrever e não fazer sentido, mas fazer sentido o que se vive sem escrever?
E olhar pela janela e sorrir porque se sentiu um olhar longínquo, mas olhar o olhar longínquo sem sentir e muito menos sorrir?
E tomar decisões e sentir-se orgulhoso de si próprio, mas sentir-se orgulhoso sem ter tomado decisões?
E comprar um relógio para não se sentir perdido, mas sentir-se perdido mesmo com um relógio?
E desejar que a vida lhe corra bem, mas a vida corre à sua frente e você nem tempo tem para desejar?
Se isto fosse tudo tão simples, não estaria aqui a escrever.
Estaria, certamente, no meu sonho desta noite.
“Melhor não há do que a condição de querer sonhar…”
E se todos soubéssemos os pensamentos, ninguém andava triste, mas todos ficam tristes quando os sabem…
É melhor isto ficar, mesmo, assim…
E por medo, vou continuar a fugir, de mais uns anos de felicidade.
Por medo…
O meu novo vício: Craig Armstrong!
É verdade que a vontade de sair deste conforto não existe.
Levantei-me com o único objectivo de ir buscar o computador, porque estava com a sensação de que me apetecia escrever, não só para fazer passar as horas até à hora ideal, para me levantar mas, também, porque acordei um pouco só, hoje.
Uma decadência que me faz triste. E sei que o dia vai ser mais que incolor…
Um tempo triste, este.
Olho pela janela e vejo um pouco de sol, um sol que aquece os mendigos e aconchega os animais, … situação que me deveria pôr feliz, mas toda a gente é egoísta e o sol não chega para me trazer alguns sorrisos, neste momento. Até porque hoje estou com alguma dificuldade em aceitar sorrisos.
Irrita-me a felicidade, principalmente em tempos em que a invisível tempestade se mostra mais que forte e consegue derrotar-me, levando-me no seu caminho.
Há gente mais que derrotada, hoje.
Pois esta noite planeei sentar-me um pouco ao pé do estirador e fazer coisas para a faculdade. Não esperava o "convite" da Sara para deixar uma mensagem no Blog, não tive tema para me guiar.. não me foi pedido nada em concreto... De repente isso assusta... o que que eu quero dizer? Qual é a minha mensagem? Assustou-me aos 19 anos não ter nada a dizer.. algo devo ter, alguma coisa... Depressa deixei os planos de me sentar ao estirador, achei importante debruçar-me sobre isto.
Pensei em falar de sentimentos, já que é um ponto importante para (o que eu acho que é) o publico deste Blog, mas pareceu-me "cliché" e vazio que quis poupar-me a mim e a vocês. Os sentimentos são nossos, são coisas muito das pessoas, pouco importa o que eu acho.
Podia-vos falar do estado do país, na justiça portuguesa, nos transportes públicos, nos meios de segurança ou nas infraestruturas deficientes.. dizer-vos que é por culpa dos políticos que este pais não anda para a frente, que "é por isso que isto está como está..", mas acho um discurso ridículo.
Achei que devia falar de sonhos e objectivos, afinal é (ou devia ser) o que estamos a fazer. O meu pai diz-me que "é uma idade decisiva na transformação do carácter vamos ser", seremos pessoas vulgares se ou não tivermos objectivos ou se (por algum motivo) não os cumprimos. Existem então uma data de objectivos, profissionais, amorosos, lúdicos.. Há quem sonhe ser médico para ajudar as pessoas e lute por isso todos os dias, isso leva-o tirar um curso superior, estudar durante anos, ler livros enormes e decorar nomes de ossos e órgãos, em nome de um sonho. A nível amoroso, também tem que se lutar, sempre.. têm que se lutar para manter uma relação, se há algo que a justifique luta-se por um futuro, por mais difícil que parece as vezes.. é um objectivo. Existem também outros objectivos e sonhos que não podem ser menosprezados, trazem-nos uma felicidade enorme, o sonho de visitar Paris, aprender a tocar piano ou mesmo comprar aquela peça de arte que não tem qualquer significado mas emocionou-nos e tivemos de comprar..
Os sonhos têm uma força enorme numa pessoa, para mim... são tudo o que tenho as vezes.. quero ser arquitecto, fazer "casinhas", todos os dias trabalho para isso, deito-me a pensar nos edifícios que tenho de projectar para a aula, perdi a conta as noites que adormeci com o caderno e a caneta pic (de ponta fina) preta porque quando me deitei lembrei-me de algo e tive de desenhar antes que a ideia fugisse.. é um curso demoníaco, exaustivo, mas dá-me um prazer enorme todo o trabalho que tenho, é o meu sonho, é o que quero fazer. À parte a arquitectura tenho os mesmo objectivos que muita gente.. ter alguém, construir algo.
Era a mensagem que queria deixar.. que se existem sonhos fundamentados.. não se deve desistir, afinal diz-se que ele comanda a vida.
A minha sim..
F. Paixão
Feijó, 26 de Outubro de 2006
Uma carta para o outro.
(Será que,
tudo o que sinto tu sentes?)
Não sou uma Florbela Espanca com o seu à vontade para o desabafo à primeira pessoa, nem me considero uma Dona Alexandra com a sua timidez, que faz com que os familiares evitem vê-la com o medo da recusa. Mas gosto de sentir que tenho um pouco de controlo, aliás agora sinto-o.
(Será que,
neste momento estás a olhar para a mesma estrela que eu?)
Ontem quando ia a caminhar pela beira-rio dos sentidos percebi o meu egocentrismo, finalmente descobri-o, e foi bom o encontro, até porque, consegui compreender a razão da minha emoção.
Sempre achei que te tinha encontrado num meio duma galeria de arte, com uma banda sonora poderosa de fundo. Naquela da amizade, sabes? Achava que estava a olhar para um quadro, a deliciar-me com a técnica principalmente com a escolha de cores por parte do pintor, depois o traço suave sem que se percebesse que por baixo da tinta tinha sido apagado e refeito várias vezes. E o erro ao lado do olhar mostrava um pouco de falta de gosto, mas só aí. Depois claro, apeteceu-me trazer-te para casa, e consegui.
(Com uma genialidade, … como eu gosto de génios, aqueles loucos que mostram falta de cérebro mas no fundo são mais do que os espertos que por aí andam. E o cigarro? O cigarro numa mão como sinal de poder e o livro na outra! E lá estavas tu a confessar poemas com uma colocação formidável sem que o professor te repreendesse. Aquele fascínio...)
Isto faz-me lembrar aquele filme em que o protagonista para seduzir a vizinha gravava uma cassete com uma declaração de amor, mas ela não achou piada, óbvio, era banal. Mas o irmão do amigo do sobrinho do tio do primo do vizinho do protagonista sussurrou-lhe ao ouvido excertos d’Os Lusíadas e a tal vizinha, adivinhem? O que aconteceu? Amor, paixão, loucura, e no final muito mas muito prazer, isto é, um amor eterno. Lindo.
(Todos temos dentro de nós um pouco de loucura e quem disser o contrário mente!)
Este meu poder de dispersão irrita-me, é que as ideias sucedessem-se e isto fica sem coerência, mas quem quer coerência? Se nem os poderosos têm, quanto mais os loucos.
Queria escrever um livro e hei-de escrevê-lo! Nem que seja para o guardar ao lado da cama para quando quiser ler algum, pegar nele.
Toda a gente tem medo das palavras, e eu sei porquê… Sei porque já passei por isso, e o mal (aí o mal) é as pessoas não se compreenderem umas às outras, porque se as pessoas se compreendessem… Aí! Mas aí era o final dos loucos, porque toda a gente os ia compreender e a piada está na falta de sentido. Ridículo.
Fascinante.
Deixei aqueles problemas da falta de “percebimento” para outros voos, percebi que a minha vida não é andar preocupada em perceber o outro ou o outro amigo do outro colega do outro. E que tal, aquela situação dificílima que se chama Dia-a-Dia? Sim é uma coisa horrível uma pessoa viver o Dia-a-Dia, e mais horrível é quando aparece alguém que tem na testa escrito: R-O-T-I-N-A! Detestável.
Por falar em detestável, detestei um único homem na vida e esse, sim, metia nojo. Mas não me lembro dele, o que é engraçado. Mas devia meter nojo, para eu o detestar. Ora… Loucos.
As pessoas ainda não se aperceberam do original e banal que há, ainda não.
Se calhar até pensam que são sinónimos.
Para finalizar a carta.
Arrependimentos?
Alguns.
E há um que me arrependo e muito, que foi não te ter perguntado uma coisa. Mas, mais vale tarde do que nunca,
Vai um abraço?
“Dizem que “o sonho comanda a vida” mas, muitas das vezes, por mais que sonhemos, vemos muitos dos nossos sonhos não serem realizados. E depois? Depois pensamos que as coisas boas da vida só acontecem aos outros... Questionamo-nos se vale a pena sonhar... Parte de nós, porque conhece a realidade da sua vida, acredita que aquele sonho nunca será realizado. A outra parte de nós acredita que esse sonho será concretizado. A outra parte de nós vive da esperança, da luz verde, azul, vermelha, da luz de mil e uma cores que está no fundo do túnel.
Um dia eu disse que é preciso viver sonhando, mais do que sonhar vivendo, e é verdade. Meio mundo vive sonhando. Outro meio mundo sonha vivendo. Meio mundo acredita que os sonhos podem transpor a barreira e cair na realidade. Outro meio mundo acredita que os sonhos não passam de sonhos e que raramente ou quase nunca transpõem a barreira e caem na realidade da vida. E o que acontece àqueles que não acreditam que os sonhos se tornam realidade e vêem o sonho de alguém cair na realidade da vida?
As coisas que acontecem na nossa vida, ou na vida das pessoas com quem temos fios que ligam os corações, mudam-nos. O que me aconteceu nos últimos dias mudou-me e continua a mudar. O que aconteceu fez mudar o que as pessoas à minha volta pensavam e fez-me acreditar que um gelado de Baunilha e Chocolate até pode ser uma possível combinação, nem que seja por segundos, nem que seja por minutos, nem que seja por uma hora.
Mas Hoje estou mais confusa do que estava Ontem... Sou um autêntico baralho de cartas... As lágrimas enchem os meus olhos quando penso que isto se calhar é um sonho, um filme. E as lágrimas percorrem a minha face quando penso que afinal o sonho aconteceu e que posso, talvez, agarrar a felicidade, uma felicidade que eu não sei como agarrar... E as lágrimas continuam a percorrer a minha face e não secam...
Porque a vida às vezes prega-nos partidas...”
Encontrei este texto em outros pensamentos.
"Estou demasiado sozinha para perceber os homens, o espírito de emoções transformou-se e neste momento choro, porque no final, eu, fico só."
Já chega de reflexões e palavras baratas, já chega.
Mas só para terminar, um exemplo de solidão, chama-se Nuno Filipe. Ora vejam:
Afinal de contas, há (sempre) coisas fantásticas! =D
Conhecem? Há anos que não ouvia esta banda.
É verdade que ultimamente ando muito virada para os meus gostos de há uns anos. Lembro-me de ter começado a gostar deles por causa do ar do vocalista no videoclip "Get Free", afinal de contas aquele ar de rebelde, na altura, tinha muito a ver comigo =PpP
Sabe bem recordar, sabe...
Podem ouvir um cd deles aqui.
Diário que se escreve com letras romanas onde o teu nome aparece por magia.
Repito as palavras em sonhos e o livro preenche-se com desenhos imaginários.
A natureza alegra-se por te ver, o orgulho que ela tem, faz com que eu me orgulhe também.
Capacidade em imprimir as emoções acaba por deixar que o fascínio se apodere e se transforme em qualquer coisa de soberbo.
Tudo o que é doce, que anda à tua volta, não me deixa evitar, o pensamento ilumina-se e é impossível eu desistir.
Esforço-me, por um lugar onde o sol me iria explicar a beleza dos seus sonhos.
O universo inexistente faz com que o ciúme se remeta para o infinito, com a diferença de que eu não o consigo deixar escapar.
Deixa o crime fazer parte dos inocentes pondo a arma ao lado da cama onde se deitam. Todas as impressões digitais que denunciam o culpado pertencem à pessoa que se deixa levar pela solidão e o retiro daqueles que não são provocadores dão sinais de que podem ser eles os responsáveis pelo delito de toda uma situação que se mostra mais que complicada – Todos possuem um jogo de cintura sedutor que faz com que a autoridade se mostre demasiado sensível a toda a uma provocação.
No prédio ao lado as movimentações perigosas fazem com que as imagens, que entram no olhar, se tornem suspeitas, o que leva a crer que nem os próprios responsáveis se mostram fracassados, é um sinal de que a verdade não se conseguirá esconder atrás das vítimas, que estão prisioneiras dos delinquentes.
As almas que deveriam fugir estão agora avassaladas pela inspiração que se vê à volta do acontecimento perigoso e todos acreditam que não é por gostar, mas o crime está a anos de chegar ao fim e sem que ele termine os inocentes nunca se mostraram culpados, mesmo quando todos sabem que são os piores.
Torna-se tudo confuso quando a voz da verdade aparece sem que o acontecimento tenha grandes proporções, talvez por isso as pessoas se tornem demasiado estáticas com o medo de errar e dar um passo mais que falso, é o caminho para a descoberta dos transgressores. Resta que o cenário se esconda por detrás de um simples contemplar de paixões, mais que evidente.
Vidas que sorriem como se fossem gargalhadas perfeitas a saltitar de sorriso em sorriso, com a triste lembrança de que foram o traço de expressão mais triste. Poderosos amigos que imaginam o mundo ao contrário e têm a paciência de esperar por quem não se apressa a chegar, que nos leva a um infinito em que a dança se transforma em caminhadas perante a plateia com o espírito semiaberto derivado da melhor forma de carinho que existe – o amor.
Porque nós não paramos e ninguém se preocupa, a não ser, a família que torna a criança mais que feliz, a não ser que a família, de amigos, que existe por detrás de um olhar que se completa com uma música mais que harmoniosa.
Um estado de espírito que se altera porque as pessoas não sabem conversar, porque as pessoas já não sabem falar.
Pergunto ao outro a sensação de ter o que queremos e ele, simplesmente, não sabe o que responder, talvez por incapacidade em compreender os sentimentos ou então pela simples, mais que simples, razão de não se saber fazer entender.
A vida é mais do que complicada e há pouca gente interessada em compreendê-la, e eu, incluo-me nesse grupo, porque já se percebeu que afinal não há nada para compreender, o interesse está em viver o tal dia de cada vez.
O circo acabou de começar e eu não dei conta, resta-me bater palmas ao único artista que soube fazer da arte a sua forma de vida mesmo quando as palmas não se ouviam. E é incrível que as coisas continuem a ser iguais, e todos já percebemos que quando o cenário está em branco, a mente está ao rubro.